Arquivo da tag: James Cameron

Melhores de 2009 – Contracampo

1. Amantes (James Gray)
2. Gran Torino (Clint Eastwood)
3. Ervas Daninhas (Alain Resnais)
4. Aquele Querido Mês de Agosto (Miguel Gomes)
5. Inimigos Públicos (Michael Mann)
6. Moscou (Eduardo Coutinho)
7. Bastardos Inglórios (Quentin Tarantino)
8. Beijo na Boca, Não! (Alain Resnais)
9. Avatar (James Cameron)
10. A Troca (Clint Eastwood)

As listas individuais estão disponíveis aqui.

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Avatar (James Cameron,09)

Cameron tem dois elementos para sustentar seu filme: o potencial de instalação da tecnologia 3D e a simplicidade quase grosseira da sua trama arquetípica. Essencialmente, Avatar é uma versão melhorada de O Novo Mundo Mallick (uma com montagem melhor e sem Colin Farrel, em suma). O que o filme tem de simples, primário mesmo é uma grande virtude já que só reforça sua crença no visível e em como seu ambiente pode cativar e estas por si só valem mais do que qualquer roteiro elaborado (um outro bom exemplo recente isso é The Box do Richard Kelly que é um ótimo filme de horror justamente por ser terrivelmente óbvio). Não que tudo em Avatar funcione, o filme é ao mesmo tempo gordo (2h45 é tempo demais para um filme em 3D) e truncado e por vezes o bom senso parece abandonar o diretor (toda a seqüência final entre Stephen Lang e Sam Worthington é especialmente ruim). Por toda sua simplicidade Avatar só reforça que Cameron tem um olhar dramático exato, é um filme límpido e envolvente.

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Estranhos Prazeres (Kathryn Bigelow,95)

Estranhos Prazeres não deixa de ser o exato oposto de Caçadores de Emoção: dois ótimos atores (Ralph Fiennes e Ângela Bassett) para ancora-lo e um roteiro (de James Cameron e Jay Cocks) que se esforça muito para ser esperto. Estranhos Prazeres cria um mundo próprio muito bem e até consegue usar a seu favor a primeira vista questionável decisão de colocar Fiennes e Bassett no meio de um festival de over actors (Tom Sizemore, Michael Wincott, Vincent d’Onofrio, etc.). Mais importante ele faz aquilo que todo bom sci-fi exploit devia fazer bem que é drenar o seu momento o máximo possível. Eis um filme datado no melhor sentido possível. Por outro lado, Estranhos Prazeres sofre do problema inverso ao de Caçadores de Emoções já que Cameron e Cocks se esforçam tanto para sublinhar suas pretensas idéias que o filme por vezes ameaça desmoronar sobre seu próprio peso. Se a internet tivesse o mesmo peso em 95 do que hoje, este seria um filme muito querido em blogs e fóruns por ai, ou seja dez anos depois ele seria escrito pelo David S. Goyer e isto nunca é algo bom. Eu gosto de Estranhos de Prazeres, assim como gosto de Caçadores de Emoções, mas não deixa de ser curioso como ambos acabam fragilizados por razões similares e opostas.

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