Escrevi essa crítica de Tatuagem para a Cinética quando o filme teve as primeiras exibições públicas no Festival do Rio de 2013, como ele segue muito popular e entrou no Netflix achei boa ideia repostar aqui no blog.
Tatuagem, de Hilton Lacerda, se encerra na estreia de um filme experimental protagonizado pelo grupo de artistas no centro do filme e dirigido por um intelectual amigo deles, mantido sempre às margens da ação. Há um tom agridoce nas imagens deste filme dentro do filme que sugere menos um pastiche deste tipo de cinema do que um último super-8 perdido filmado entre amigos, suas imagens transbordando uma nostalgia que trai o quanto elas só podem pertencer a 2013. São imagens que dizem muito sobre o projeto de cinema de Tatuagem: trata-se, afinal, de um filme que se desdobra sobre um universo visivelmente caro ao seu diretor, que não perde um plano como oportunidade de declarar seu afeto por tudo que transpõe para a tela.
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