40) Armored (Nimrod Attal)
Excelente filme B quase todo filmado num cenário só (um galpão abandonado) com grande domínio de espaço cênico e ritmo e ótimos carachter actors. Attal é um formalista com gosto por material reciclado que merece um olhar atencioso.
39) Nuit de Chien (Werner Schroeter)
Schroeter busca o concreto na abstração da sua alegoria política com formas langianas.
38) Chelsea on the Rocks (Abel Ferrara)
A marginalia institucionalizada. Um filme político a medida que reconhece que a derrota começa n hora que o câmera aperta o rec da filmadora.
37) Carlos (Olivier Assayas)
Assim como o Private Files de J Edgar Hoover do Larry Cohen e o Lucky Luciano de Rosi – 2 das 4 ou 5 m elhores cinegiografias já feitas – Carlos revê história como um thriller B dos mais vagabundos. Por toda sua atenção doentia para informação e detalhes é o fracasso dos mesmos e o triunfo do espetáculo. O que sobra é mise en scene. Um filme por necessidade irregular, o entrecho de uma hora com o seqüestro dos embixadores da OPRP estaria no meu top 10 se fosse um filme próprio.
35) A Cidade Abaixo (Christoph Hochhäusler) e Brilho de uma Paixão (Jane Campion)
Dois folhetins românticos que não podiam ser mais opostos e complementares. O filme de Hochhausler essencialmente reconstrói seu folhetim pela lógica do balanço comercial e no processo expõe o fracasso da lógica da eficiência diante de uma questão concreta. O filme da Campion seqüestra o que eu costumo chamar de filme de época em cambio morto e entrega completamente aos seus excessos. De certa a forma é o filme ideal de Campion sua convicção supera e muito todas as suas limitações e irregularidades.
34) The Beast Stalker (Dante Lam)
Um engenhoso thriller que compensa certo excesso de coincidências com uma imaginação acima da média em todos os seus elementos acessórios e uma entrega completa ao esforço do seu protagonista em seu redimir (ele tenta localizar uma criança seqüestrada cuja irmã gêmea ele matara por acidente na seqüência inicial. Algumas cenas de ação excepcionais e Nick Cheung como o seqüestrador rouba cada instante que esta em cena.
33) A Espada e a Rosa (João Nicolau)
Os primeiros 40-50 minutos de A Espada e a Rosa são melhores que quase todos os filmes desta lista. A Espada e a Rosa tem 150 minutos. O filme de Nicolau (assim como boa parte da produção da O Som e a Furia, com a possível exceção de Aquele Querido Mês de Agosto) coloca a crítica contra a parede. È tão inventivo e vigoroso que é difícil com todas as várias partes dele que não funcionam. Se a maior parte das posições exatas deste Top 50 pouco importam, este 33º lugar é ainda mais artificial, poderia facilmente estar 25 posições a frente ou 15 para trás de acordo com o quanto meu humor me leva a valoriza o gênio e o fracasso.
31) A Vala (Wang Bing) e Caterpillar (Koji Wakamatsu)
Dois grandes filmes políticos sobre o peso físico do intolerável. Concretos e absurdos em igual maneira.
A espada e a rosa: “Os primeiros 40-50 minutos de A Espada e a Rosa são melhores que quase todos os filmes desta lista. A Espada e a Rosa tem 150 minutos”.
Nada dito sobre o filme me pareceu mais apropriado.
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esse do Dante Lam saiu em DVD no Brasil? já saiu algum?
Não sei se saiu não, mas é fácil de baixar.