Partindo da relação dele com o pai (que mantinha uma segunda família) nos apresenta uma série de fragmentos de possíveis filmes que vão os poucos formando um diário muito particular. Há no filme uma facilidade de se encontrar imagens que parecem estar ali desde sempre – pequenos momentos que visivelmente há muito estavam cristalizados na cabeça do cineasta – assim como impressiona como sua estrutura (que inclui um peso enorme dado a narração em off do cineasta e uma consciência muito grande da sua existência como filme) nunca entra no caminho destas imagens existirem por elas mesmas. A outra arma de Torres é sua montagem tanto no ritmo interna das seqüências, como na maneira que as diversas situações enriquecem umas as outras. Trata-se de um filme muito digressivo (o que certamente irrita muita gente), Torres parece falar de tudo, apesar de nunca perder o foco do peso da figura paterna sobre ele; sobretudo Torres nos abre um sem numero de mundos diferentes, todos no mínimo muito interessantes. Um caderno de anotações de um cineasta poucas vezes é tão instigante e emocionante.
Taí um filme que lamentei perder…
Filipe, será que não dava pra mudar a fonte ou aumentá-la? Valeu.
Vou ver se aumento a fonte um pouco este fim de semana.
Filipe, voce ta acompanhando a 3a temporada de Friday Night Lights?
Ed, por conta da correria da Mostra/Festival do Rio esta tudo baixado aqui em casa esperando para eu começar a ver. A unica serie que eu assisti normalmente em Outubro foi mesmo The Shield.