Como no ano passado minha lista segue um critério bem pessoal de incluir filmes que eu vi pela primeira vez este ano realizados nos ultimos 3 anos. Vai seguir em 5 partes basicamente porque sou muito preguiçoso para escrever todos os textos de uma vez.
Menções Honrosas: Adrenalina 2 (Mark Nedevine/Brian Taylor), Avatar (James Cameron), Belair (Bruno Safadi), The Box (Richard Kelly), O Curioso Caso de Benjamin Button (David Fincher), Duplicidade (Tony Gilroy), Eldorado (Olivier Assayas), Faça-me Feliz (Emmanuel Mouret), O Fantastico Sr. Raposo (Wes Anderson), Filmefobia (Kiko Goifman), O Fim da Picada (Christian Saghard), Funny People (Judd Apatow), GI Joe (Stephen Sommers), Harry Potter e o Príncipe Mestiço (David Yates), Inimigo Público No.1 Parte I e II (Jean François Richet), Jogo Duplo (Johan Grimonprez), Material (Thomas Heise)*, No Meu Lugar (Eduardo Valente), Parable (Jon Jost), Porco Cego Quer Voar (Edwin), Ricky (François Ozon), Seguindo em Frente (Hirozu Kore-Eda), Traga-me Alecrim (Josh e Benny Safdie), Up (Peter Docter), Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo (Karim Ainouz e Marcelo Gomes)
*Este é um filme ensaio fascinante sobre os efeitos a longo prazo da unificação das Alemanhas, iria quase certamente estar entre os 50, infelizmente minha copia fica sem legendas nos últimos 40 minutos e eu não me sinto a vontade para comentá-lo sem entender nada que é dito nos últimos 40 minutos. Mesmo assim deixo a recomendação, só verifiquem se tem legendas na parte final.
50) A Trilha (David Twohy)
Filmes B raramente são tão perfeitamente executados hoje. Twohy pega um roteiro todo baseado numa reviravolta e consegue torná-lo um exercício formidável sobre os prazeres do mecanismo do thriller (seja para personagens, realizador ou espectador). A primeira hora transforma exposição interminável em matéria de tensão permanente e a última meia hora deve ser inclui a seqüência de cenas de ação convencional mais bem sustentados. É dirigido pelo diretor de Eclipse Mortal e protagonizado por Steve Zahn e Timothy Olyplhant portanto está destinado a ficar perdido nas prateleiras de locadoras, mas merece muito um olhar atento.
49) Adventureland (Greg Motolla)
Muito de Adventureland é excessivamente calcado, mas Motolla consegue capturar o sentimento de deslocamento do seu protagonista perfeitamente. É experiência privada redimensionada pela memória coletiva, o qu torna ao mesmo tempo um filme exato sobre 1987 e 2009.
47) Kobe Doin’ Work (Spike Lee)/Tyson (James Toback)
O filme de Lee tem uma proposta mais atrativa (seguir Kobe por todo um jogo) comparado ao talking head do Toback mas são filmes extremamente semelhantes duas auto narrações em tom de apologia que na verdade são de considerável frontalidade e muito reveladora nos detalhes que seus protagonistas esperam. São filmes paradoxais extremamente honestos justamente pelo seu caráter oficialesco. Tanto Bryant como Tyson fazem grandes performances de purgação para a câmera dos seus cineastas amigos e é no esforço deles que reside a grande verdade que ambos os filmes atingem.
46) O Seqüestro do Metro (Tony Scott)
Há duas formas de olhar o cinema de Tony Scott: numa delas ele é o problema, na outra Scott tem um olhar de dentro sobre ele (por sinal, podemos dizer o mesmo de Brian De Palma). O Seqüestro do Metro é menos um remake de um eficiente filme de gênero esquecido do que um filme sobre o intervalo de 35 anos entre eles e como nossa percepção da grande cidade se alterou neste meio tempo.
45) Merde (Leos Carax)
No terreno de obras-primas produzidas por cineasta bisextos para coletâneas Merde não chega a ser Alumbramento do Victor Erice, mas mesmo assim tem uma força própria muito grande. Ao mesmo tempo muito convidativo graças a presença de cena impressionante de Denis Lavant e distante na sua apresentação por Carax, Merde nos mantem em ambivalente o tempo todo com a irritação nada contida do seu cineasta que merecia filmar com muito mais freqüência. A abertura com os ataquesdo “monstro” é extremamente envolvente, mas é quando Carax chega ao teatral julgamento de nosso anti-herói misantropo que o filme se revela por completo.
44) Ponyo on the Cliff by the Sea (Hayao Myazaki)
Não tenho muito a dizer sobre Ponyo para alem de apontar que Myazaki segue impressionando nosso olhar com suas imagens. É impossível não amar um filme como Ponyo desde que se tenha um mínimo de imaginação.
43) Jericó (Christian Petzold)
Petzold parte de um projeto fassbinderiano (atualizar O Destino Bate a Sua Porta para a Alemanha atual e no processo jogar com nossas expectativas), mas o faz com consciência de que para tal projeto funcionar ele precisa encontrar o equilíbrio entre melodrama aberto e a economia. Jericó é despojado na encenação mas principalmente muito honesto nos seus sentimentos, faz diálogos como “você não pode amar sem dinheiro” soarem essenciais e não slogans de roteiro.
42) Mother (Bong Jong-ho)
Os filmes de Bong Jong-ho são como um cruzamento bizarro de Shohei Imamura e John Carpenter. Ele ama o ato de contar histórias e toda a potência narrativa do meio, mas ao mesmo tempo se entrega completamente a cada desvio que encontra a sua frente. Este conto demente da mãe que fará de tudo para provar a inocência do filho se perde com prazer por múltiplos caminhos e ao mesmo tempo mantém sempre o mesmo pulso firme.
41) A Troca (Clint Eastwood)
A Troca tem pouca relação com sua superfície de filme para Oscar, no seu centro está uma das obsessões mais antigas do seu cineasta (abuso de poder) que nos é apresentada tanto no seu arco narrativo principal, mas, sobretudo por via de uma coleção de gestos e posturas que o filme cataloga com precisão. Qualquer um pode fazer um filme onde a policia impõe seus interesses sobre uma cidadã, mas apenas alguns se interessariam sobretudo sobre como um capitão de policia, um médico, juiz ou mesmo um patrão se comportam enquanto exercem seu poder.
Pingback: Notas de 2009: Listas de melhores filmes de 2009 « no escuro e vendo
Não manjava esse A Trilha, mas já coloquei para baixar, ando viciado em thrillers. No aguardo do restante de sua lista de melhores.
Oi, td bem? Caraca, nenhum filme que vc falou nessa lista eu assisti ^^” to meio fraca XD
Pois eh, então, comecei a pouco tempo a fazer resenhas sobre filmes e se vc quiser, gostaria q desse uma passada no meu blog XD
Eh isso aí , desculpa a propaganda ^^”
bjus
“A Trilha” é uma merda.
Preciso ver o “Jericho”.
Adventureland é um dos grandes acontecimentos do ano!!!!
“você não pode amar sem dinheiro” – uma ex-namorada me disse isso há alguns anos.
colocaria a troca bem mais lá em cima
Menção honrosa para GI Joe???!!!
To fora cara. Nunca mais entro nesse blog.
Boa sorte.