No blog do Inácio há uma série de posts sobre A Erva do Rato e como sempre nos comentários a polemica a respeito de Bressane. Me impressiona sempre como algo no cinema – na postura – do Bressane parece ofender alguns. Não se trata afinal do único cineasta “difícil” que temos, mas parece sempre carregar tanto os créditos quanto os ônus da sua posição. Bressane para certo cinéfilo perece simplesmente intolerável, sua mera existência uma afronta.
O Lucian Chaussard fez uma boa observação nos comentários sobre como os ofendidos se incomodam com o suposto hermetismo de Bressane. Sim, é verdade que os filmes dele por vezes trabalham com informações que o espectador pode não conhecer, mas são elas mesmas tão vitais assim? Parece-me que –seja nos seus filmes bons ou nos ruins – o cinema do Bressane existe numa chave para alem destas referencias e elas não são tão essenciais para apreciá-lo.
Bressane é um cinema crítico, ou seja,que só tem sentido ( ou tem principalmente) como comentário de uma certa tradição no cinema, como comentário. Mas Leone tb é crítico, nesse sentido!
Não acho mesmo que faça muito sucesso/ou lhe inetresse fazer fora desse círculo ( círculo hermenêutico e círculo cinéfilo). Agora, justamente por ser um cinema de espectro e acesso limitado, deliberadamente limitado, é injusto e idiota tirar daí juízos de valor que tenham como fundamento critérios como coerência narrativa, auto-transparência, etc
Enfim, tem gente que se diverte com Shakkespares, tem gente que se diverte com Ratinho, e tem gente que adora bater punheta pros dois ( Bressane) haha.
Olá,
estou rativando o meu blog sobre cinema, o Imagem em Movimento, dessa vez no endereço: http://www.christianjafas.wordpress.com
um abraço,
Christian