Existem duas genuínas boas idéias nesta nova comédia dos Coen: a primeira é a forma como tudo no filme deriva da mítica do espião, pouco importa que John Malkovich não passe de um relé analista, ele trabalha na CIA e logo sua figura desperta o fascínio de todos a sua volta (com exceção da esposa) e este fascínio que se torna a mola propulsora da trama. A outra é a forma como a segunda metade prossegue de maneira a subtrair um a um cada personagem da trama. Só que o filme é flácido demais para se sustentar. Apesar dos esforços consideráveis do elenco, ficamos com a impressão de que a nuvem de fracasso sobre seus personagens vai aos poucos contaminando todo o filme. Não deixa de ser oposto de Onde os Fracos Não Tem Vez: o filme anterior era uma maquina infernal tão perfeita que chegava a ser quase acadêmica, já este novo parece mirar uma variação cômica da mesma idéia mas permanece desacertado o tempo todo.
Concordo… mas acrescentaria que a sacada de associar a paranóia típica da espionagem com as relações homem-mulher tb é boa. O filme é que não funciona, o que é uma pena.
V. não concorda que parece o governo do Bush, ainda mais agora no final de fracasso, de reconhecimento sobre as má qulidade das informações que determinaram a invasão do Iraque e que não conseguiram sustar o ataque às tores gêmeas?