Neste fim de semana a Mostra soltou uma prévia da sua programação incluindo as suas retrospectivas. Também neste fim de semana começou a versão paulista do Indie com as retrospectivas de Kawase, Mendoza e Grandrieux. Meses atrás eu escrevi uma nota sobre como seria um absurdo se a Mostra deixasse passar a oportunidade do ano França e não buscasse alguma retrospectiva de ponta. O Indie que é um festival bem modesto buscou Grandrieux que combina perfeitamente com o perfil do festival e calha de ser um dos melhores eventos do ano (nem que fosse exclusivamente por Un Lac). O que a Mostra fez? Nada. Nem um veterano que nunca teve retrospectiva por aqui como Rivette ou um cineasta mais jovem e quente com vários filmes inéditos aqui como Desplachin. Nada. A oportunidade estava lá, colocaram-se de pé este ano retrospectivas francesas das mais variadas (Tati, Marker, Duras, Huppert), mas a Mostra parece incapaz de se aproveitar do óbvio. Minto. Há uma pequena homenagem a Fanny Ardant feita com cópias que já estavam aqui. Incrível como se tornou num espaço de uns 5 anos num evento preguiçoso e satisfeito consigo mesmo. É ainda o melhor que temos aqui em São Paulo e justiça seja feita o faro da Mostra para filmes que receberam relativamente pouco hype segue ótimo a julgar pela primeira seleção, mas ela precisa de uma injeção de energia urgentemente.
E além daqueles filmes em negrito no blog da ilustrada, o que mais é recomendado desta previa da mostra?
Vou fazer um post quando sair a relação completa, mas diria que Leoinardo Cruz fez um esxcelente trabalho em apontar os filmes de interesse lá no blog da ilustrada. Acrescentaria o veterano portugues Fernando Lopes e talvez o filme do Peter Kern.
“É ainda o melhor que temos aqui em São Paulo”
Infelizmente isso diz mais contra os festivais daqui, do que a favor da Mostra SP. Se não fosse o fato de que num universo de 300 filmes, é impossível não ter uns 20-30 que valham a pena, a Indie 09 podia ser considerada fácil um evento melhor ou pelo menos mais empolgante.
sem contar que o ingresso pra uma sessão da mostra custa duzentos mil reais.
Oi, Filipe.
Offtopic.
Fui tentar reler seu texto sobre A última amante, da Paisà, e estava fora-do-ar. Eu gostaria de ler o seu texto, há em algum outro lugar?
No mais, seria ótimo ter um arquivo com os textos publicados na Paisà, tinha muita coisa boa lá.
Abraços
Joõ, eu pretendo devolver tudo pr o ar em breve. Sobre o A Ultima Amante, como eu já estou no Rio, só teria como te repassar depois do Festival.
Ah, beleza Filipe.
Por enquanto, deu para sentir o sabor com o seu texto da Cinética sobre BARBA AZUL. Achei engraçado você ignorar a parte das criancinhas — eu não tenho tanta desenvoltura!
Eu escrevi um paragrafo sobre as meninas, mas ele ficava deslocado e cortei.
Engraçado, é que depois de ver o filme eu queria reler meu texto do Ultima Amante e não tinha acesso.